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Um contingente significativo de mulheres diagnosticadas com câncer de mama trabalha. Assim, além da preocupação com a doença, surgem incertezas com relação à vida profissional. As terapias atuais, menos agressivas e com menos efeitos colaterais, permitem que muitas pacientes mantenham as atividades profissionais mesmo durante o tratamento. Contudo, essa opção não é viável para todas. Dependendo do caso, o afastamento do trabalho é necessário e, depois da alta, é preciso se readaptar e vencer a insegurança.
Para continuar trabalhando, a paciente deve estar em condições clínicas adequadas e fazendo um tipo de tratamento compatível com sua atividade profissional. Pode ser necessário um acordo com o empregador para flexibilizar horários ou, às vezes, readequação da função se esta envolve esforço físico. Também quem teve de se afastar do trabalho e vai retomá-lo depois da alta pode apresentar restrições. A paciente que passou por uma cirurgia mais agressiva, como a mastectomia, por exemplo, pode ter uma recuperação mais lenta ou até ter ficar com alguma sequela permanente que impeça atividades de esforço, o que pode ser contornado com uma realocação de função. Atualmente, porém, boa parte dos casos de câncer de mama é descoberta no início, permitindo procedimentos mais simples para retirar apenas um fragmento da mama ou da axila, o que resulta em recuperação mais rápida e reduz risco de sequelas físicas.
Reflexos positivos
Manter-se produtiva durante o tratamento ou voltar ao trabalho após a alta ajuda a afastar a depressão e beneficia o estado emocional e a autoestima da mulher. Estudos realizados em vários países, inclusive do Brasil, mostram que a atividade profissional contribui para melhores e mais rápidos resultados clínicos, inclusive em casos de recidiva.
Após o tratamento, o trabalho será um importante facilitador do retorno à vida normal. Faz a paciente sentir-se útil e interagir socialmente. A maior dificuldade das mulheres para o retorno ao trabalho está relacionada à autoestima. O cabelo perdido na quimioterapia pode não ter crescido ainda, ela pode ter ganhado peso devido aos corticoides ou, por algum motivo, pode não ter feito ainda a reconstrução da mama. Se esses fatores gerarem muita dificuldade, a recomendação é adiar um pouco a volta. Afinal, a situação é momentânea, e tudo voltará aos eixos, inclusive sua aparência física.
O ambiente de trabalho também tem um peso importante. Ser bem recebida e contar com o apoio da chefia e dos colegas é fundamental para a rápida readaptação. O ideal é preparar a equipe para lidar com a situação e evitar situações de constrangimento. Mas, geralmente, o ambiente é favorável, muito em função da empatia entre as mulheres, que costumam ser bastante acolhedoras.
Quando a mulher tem mais dificuldade para lidar com os abalos emocionais, o melhor é buscar acompanhamento psicológico. Também ajuda participar de grupos de apoio, interagindo com pessoas que passaram pelo mesmo problema. Importante é que cada uma encontre o melhor caminho para, depois do câncer de mama, retomar a vida normal – pessoal e profissionalmente –, para vivê-la plenamente, olhando para o futuro e deixando a doença como algo de um passado que foi superado.
Fontes: Debora Gagliato – CRM/SP 124.597, Fábio Francisco Oliveira Rodrigues – CRM/SP 81.824
Data da última atualização: