Promovida entre os dias 14 a 21 de dezembro, a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea ganha importância ainda maior no momento atual, pois com a pandemia e a restrição de circulação de boa parte da população, caiu o número de doações.
Ao doar, as pessoas possibilitam que pacientes que não têm doadores disponíveis ou compatíveis na família possam fazer o transplante de medula óssea (TMO), procedimento indicado para o tratamento de várias doenças hematológicas, oncológicas e autoimunes. Entre elas, podemos citar: leucemias agudas, síndromes mielodisplásicas, mielofibrose, linfomas, mieloma múltiplo, anemia aplásica grave e, eventualmente, leucemia mieloide crônica. Em alguns casos, o transplante é a única chance de vida para o paciente.
Quando alguém precisa de doador, é acionado o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, também vinculado a outros bancos internacionais. Nele ficam registrados o nome, o endereço e as informações sobre o perfil genético de cada voluntário, obtido a partir de um exame de sangue (tipagem HLA), que pode ser realizado nos diversos hemocentros (bancos de sangue) existentes no Brasil. Cabe ao REDOME identificar em seu banco de dados, por meio de um processo informatizado, doadores compatíveis e acioná-los para que a doação seja efetivada.
Como alerta a Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea, há uma condição fundamental para que tudo isso aconteça: os doadores precisam manter seu cadastro no REDOME atualizado. Infelizmente, esta não é uma situação incomum: um paciente que precisa de transplante de medula óssea aciona o registro nacional, que identifica a existência do doador compatível, mas, quando chega a hora de contatá-lo, o endereço ou número de telefone mudaram e o REDOME não consegue encontrá-lo. Resta ao paciente esperar pela identificação de um novo doador compatível e com cadastro atualizado.
Como doar?
Para ser doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde e não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue. Se você quer ser um doador, faça seu cadastro no banco de dados do REDOME. Basta dirigir-se a um hemocentro público (a lista está disponível em http://redome.inca.gov.br/doador/hemocentros/) e manifestar seu interesse.
Depois de assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e preencher um formulário com informações pessoais, será colhida uma amostra de sangue (10 ml) para a realização da tipagem HLA, que informará o perfil genético do doador. Esses dados ficarão armazenados no REDOME. Para mais informações sobre esse processo, acesse: http://redome.inca.gov.br/doador/como-se-tornar-um-doador/.
Se você já é um doador e mudou de endereço ou de telefone, atualize seu cadastro. Isso pode ser feito no site do REDOME (http://redome.inca.gov.br/doador-atualize-seu-cadastro/) ou entrando em contato com o banco de sangue onde você se cadastrou. Lembre-se: quanto mais doadores estiverem cadastradas no REDOME e mais atualizados os seus cadastros, maior é a chance de um paciente encontrar um doador compatível. A doação de medula óssea salva vidas.
Fonte: André Larrubia - CRM/SP 113.357
Data da última atualização: 12/11/2021