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Os benefícios da prática regular de atividades físicas são amplamente conhecidos. Elas fazem bem para a saúde e reduzem o risco de várias doenças, entre elas as cardiovasculares e alguns tipos de câncer, como os de próstata, mama, endométrio, entre outros. Além disso, pacientes em tratamento do câncer que se exercitam têm, no geral, melhores evoluções oncológicas (como melhor tolerância ao tratamento e bons resultados), melhora na capacidade cardiorrespiratória, ganhos de flexibilidade e força muscular e redução de sintomas como dor, fadiga e cansaço.
Mas, será que durante o tratamento do câncer de próstata, que muitas vezes envolve a retirada dessa glândula, os exercícios também podem ajudar? E no caso da hormonioterapia ou radioterapia? A resposta é positiva para todas essas questões, desde que adotados os cuidados necessários.
Para pacientes que fizeram a prostatectomia radical (retirada da próstata), a recomendação é iniciar ou retomar a prática de atividades físicas após a cicatrização, com a liberação do médico. Exercícios que envolvem especificamente a pelve, são benéficos para a reabilitação mais rápida da incontinência urinária pós-cirúrgica, que costuma ser tratada com a fisioterapia urológica para fortalecer a musculatura da região e melhorar o controle urinário.
Já durante ou após a hormonioterapia e/ou radioterapia, não há restrição para a prática de atividade física. Ao contrário, ela pode contribuir para reduzir os níveis de toxidade dos tratamentos e a sensação de fadiga observada em alguns pacientes durante o período de terapia. A hormonioterapia pode acelerar a diminuição da massa óssea, levando à osteoporose, e também da massa muscular, que pode comprometer a mobilidade do paciente. Dessa forma, a atividade física pode auxiliar na manutenção da massa muscular e diminuir o risco de osteoporose. Adicionalmente, os exercícios físicos ajudam a melhorar a disposição, perder peso e controlar o diabetes.
É importante que o programa de exercícios – tipo, frequência e duração – seja definido em conjunto com o médico, que avaliará as condições físicas e o quadro geral do paciente e orientará sobre práticas recomendáveis e aquelas eventualmente contraindicadas naquele momento. Assim, é possível colher os benefícios da atividade física, fazendo dela uma aliada dos cuidados de saúde – durante o tratamento e também depois dele.
Fonte: Fábio Augusto Barros Schutz – CRM/SP 11.4313
Data da última atualização: 11/1/2022