Doença

Neuropatias

Entendendo a Doença

As neuropatias abrangem um vasto conjunto de problemas que acometem principalmente os nervos periféricos. Responsáveis por transmitir os impulsos elétricos que permitem sensações como as de frio, calor e dor e também os movimentos musculares entre a medula espinhal e o resto do corpo, essas delicadas estruturas podem sofrer danos relacionados a intoxicação química

Tipos

As neuropatias, suas causas e consequências variam de acordo com o(s) nervo(s) afetado(s). Em geral, são classificadas em dois grupos principais:

Mononeuropatias

Ocorrem quando um único nervo é atingido. Um dos casos mais comuns é a neuropatia inflamatória decorrente da hanseníase, mal atualmente bem controlável, mas que ainda é recorrente em algumas regiões do país. Outro tipo prevalente é a síndrome do túnel do carpo, associada à compressão ou irritação do nervo mediano, responsável pela sensibilidade e pelos movimentos da mão. Um tipo curioso é a síndrome da lua de mel, uma neuropatia derivada da compressão do nervo do braço. A pessoa dorme com o companheiro ou companheira sobre o seu braço e, no dia seguinte, acorda com a mão caída. Outro caso acontece com pessoas que emagrecem rapidamente e, ao cruzar uma perna sobre a outra, comprimem o nervo.

Polineuropatias

Mais complexas e mais comuns do que as mononeuropatias, as polineutopatias afetam múltiplos nervos. Sua principal causa é o diabetes, seguido pelo pré-diabetes ou resistência insulínica. No entanto, existem vários outras causas, incluindo déficit de vitaminas e intoxicação por determinados medicamentos, particularmente os quimioterápicos e os usados no tratamento da tuberculose. Doenças autoimunes também estão associadas a polineuropatias.

Sintomas

Variam de acordo com o tipo de nervo afetado. No caso das polineuropatias, que acometem especialmente os nervos mais longos, são comuns os chamados sintomas “luva e bota”, ou seja, ocorrem com maior frequência nas mãos e nos pés, que são extremidades mais distantes da medula espinhal.

Os sintomas mais comuns das neuropatias são:

  • Alterações de sensibilidade
  • Formigamento
  • Perda de força
  • Sensação de estar pisando em um colchão d’água
  • Desequilíbrio
  • Dores
  • Alterações na forma de andar

Quando a doença evolui, o paciente pode ter dificuldade para ficar de pé, com maior risco de sofrer queda.

Diagnóstico

Conduzido por um neurologista especializado, o diagnóstico da neuropatia pode ser inteiramente clínico, a partir de exame físico e avaliação dos sintomas. No entanto, ele se torna mais preciso com a realização da eletroneuromiografia, exame que analisa o estado funcional dos nervos periféricos, da junção muscular e dos músculos, observando a atividade elétrica e a condução dos impulsos nervosos nessas três estruturas.

Nesse exame, choques elétricos de baixa intensidade são aplicados nos nervos periféricos para avaliar o tempo de resposta do corpo a esses estímulos. Em seguida, pequenas agulhas são inseridas em alguns músculos para analisar a atividade muscular tanto em repouso quanto durante a contração.

Em casos específicos, como na polineuropatia de fibras finas associada ao diabetes, pode ser indicada realização de biópsia de nervo para identificação de neuropatias associadas, mas que não são possíveis ser diagnosticadas pela eletroneuromiografia.

No caso das neuropatias relacionadas com doenças autoimunes, é fundamental primeiro identificá-las. Isso é feito por meio de exames de sangue como o FAN e o Anti-RO, que diagnosticam doenças imunológicas reumatológicas, como lúpus, doença de Sjögren e sarcoidose.

Tratamento

A estratégia terapêutica está sempre direcionada a agir sobre a causa da neuropatia. Ou seja, se o paciente tem diabetes, é preciso manter a doença sob controle. Se tem hipertireoidismo, é preciso tratá-lo. Se há falta de alguma vitamina, será feita a reposição. Se existe dano causado pelo sistema imunológico que está atacando as células nervosas, será indicado o uso de imunossupressores. Se for constatada intoxicação medicamentosa, será necessário substituir o medicamento, e assim por diante.

Uma característica importante dos nervos periféricos é que, ao contrário dos nervos do sistema nervoso central, eles têm a capacidade de se regenerar, e existem medicações que ajudam a acelerar esse processo, eliminando as lesões associadas às neuropatias.

Fatores de risco

  • Diabetes descontrolada
  • Hipertireoidismo
  • Herança genética
  • Idade
  • Obesidade e sobrepeso
  • Sedentarismo
  • Má alimentação
  • Falta de vitaminas
  • Intoxicação medicamentosa
  • Problemas imunológicos
  • Acidentes físicos e lesões

Prevenção

  • Alimentação saudável
  • Praticar atividade física regularmente
  • Evitar o consumo de álcool
  • Nunca realizar automedicação
  • Controlar e tratar doenças de base, como diabetes e hipertireoidismo

Novidades

Pesquisas científicas vêm expandindo os conhecimentos que correlacionam o desenvolvimento de neuropatias a doenças hereditárias. Esses avanços já têm rendido frutos, como o desenvolvimento de exames genéticos capazes de identificar alterações no DNA que predispõem os pacientes a essa condição médica. A descoberta também vem permitindo o aprimoramento de tratamentos, como no caso de neuropatias associadas à amiloidose. Já existe um medicamento imunobiológico (um anticorpo específico) capaz de reverter os efeitos da doença, inclusive os neurológicos.

Nossos diferenciais

Com neurologistas clínicos especializados e um completo portfólio de exames diagnósticos, somos um centro médico preparado para o cuidado dos mais diversos tipos de neuropatias, inclusive as relacionadas com doenças autoimunes. Nesses casos, os pacientes contam com a estrutura do nosso Centro de Doenças Autoimunes para a administração de infusões de medicamentos imunossupressores.

A equipe é formada por farmacêuticos e enfermeiros especializados que seguem os mais rigorosos processos de qualidade e segurança nos procedimentos. Além disso, há sempre um médico de plantão para atendimento de eventuais reações adversas.

Os boxes são individuais, garantindo ao paciente privacidade e conforto.

Ao lado dos requisitos técnicos, o ambiente tranquilo e acolhedor e o atendimento humanizado são outros diferenciais do nosso Centro. O empenho para proporcionar uma boa experiência ao paciente se revela até em pequenos detalhes, como auxílio no agendamento das sessões e na obtenção das aprovações junto ao plano de saúde.

É o conjunto de todas essas características que faz do nosso Centro um polo de referência em infusões.

Fonte: Dr. Guilherme Olival – CRM/SP 135.992