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As cardiopatias congênitas compõem um conjunto de doenças decorrentes de malformações da estrutura do coração e do sistema circulatório que surgem na fase de desenvolvimento do feto. São alterações que interferem no fluxo do sangue dentro do órgão ou nos vasos sanguíneos (veias e artérias) que transportam o sangue que entra ou sai do coração. Algumas doenças estão relacionadas a interligações indevidas que ocorrem entre as quatro cavidades do órgão (átrios e ventrículos, direito e esquerdo); outras, a estreitamentos ou obstrução dos vasos sanguíneos. Há, ainda, cardiopatias derivadas da combinação desses dois problemas.
No Brasil, cerca de 1% dos recém-nascidos têm alguma cardiopatia congênita. Isso significa 29 mil novos casos da doença por ano.
Associadas a causas genéticas ainda desconhecidas, as cardiopatias congênitas podem ser identificadas nos exames do pré-natal. A detecção precoce é decisiva para definir o melhor tratamento. Com o progresso diagnóstico e terapêutico registrado nas últimas três décadas, muitas crianças que nasceram com a doença hoje são jovens adultos que levam uma vida completamente normal e sem restrições.
Divididas de acordo com os defeitos anatômicos possíveis, as cardiopatias congênitas também podem ser agrupadas em simples e complexas. Veja algumas delas:
Cardiopatias congênitas simples
Cardiopatias congênitas complexas
Os sintomas das cardiopatias congênitas dependem sempre do tipo de defeito no sistema cardiovascular. As gestantes não apresentam sintomas. Nos bebês, eles geralmente se manifestam logo após o nascimento. Entre eles, estão:
Os sintomas costumam variar durante o dia de acordo com fatores como a realização de atividades físicas, exposição a alérgenos (ácaros, baratas, pelos de animais, etc.), poluição ambiental e mudanças climáticas, entre outros, e podem piorar durante a noite ou de madrugada. Também podem oscilar bastante ao longo do tempo e até desaparecerem sozinhos. Mas é importante destacar: a asma não tem cura, ou seja, mesmo que não haja sintomas, a doença permanece presente e pode se manifestar em outros momentos.
Muitas cardiopatias congênitas podem ser diagnosticadas mesmo antes de o bebê nascer, a partir do ultrassom morfológico, que faz parte da lista de exames do pré-natal. Na maioria das vezes, o problema pode ser confirmado pelo ecocardiograma (ultrassom do coração) realizado ainda na fase intrauterina ou após o nascimento do bebê.
Existem ainda métodos diagnósticos complementares, como a tomografia, que também ocupa papel importante no planejamento do tratamento cirúrgico, e o cateterismo cardíaco de caráter diagnóstico.
Com maior frequência, as cardiopatias congênitas são tratadas por meio de cirurgia, a partir de um amplo conjunto de técnicas. Em casos mais simples, pode ser feito o tratamento por cateterismo, recurso empregado na desobstrução de algumas valvas ou fechamento de pequenas comunicações que interligam indevidamente as cavidades do coração, por exemplo. Mas os procedimentos cirúrgicos representam cerca de 90% das intervenções contra 10% dos cateterismos.
Alguns bebês podem ser beneficiados com tratamentos clínicos à base de medicamentos. Essa abordagem é reservada para os poucos casos em que os defeitos congênitos podem ser resolvidos com o desenvolvimento natural da anatomia e fisiologia do sistema cardiovascular da criança.
A maioria das alterações cardíacas congênitas não tem uma causa aparente, constituindo o que os médicos chamam de causas idiopáticas. Mesmo assim, existem alguns fatores que precisam ser considerados:
Os hábitos saudáveis da mãe são fundamentais para a saúde do bebê desde a fase de desenvolvimento fetal, período em que podem ocorrer as malformações do sistema cardiovascular. Assim, é importante que a gestante:
As intervenções cirúrgicas, principal frente de tratamento das cardiopatias congênitas, estão sendo positivamente impactadas com o advento da tecnologia de impressão 3D dos corações, permitindo obter moldes que são usados para o planejamento do procedimento cirúrgico. Capaz de produzir versões idênticas aos corações dos bebês a partir de informações obtidas em exames de imagem, esse recurso tem se mostrado útil para aumentar a qualidade e segurança dos procedimentos, especialmente os casos cirúrgicos mais complexos.
Na BP, você encontra todos os recursos profissionais e tecnológicos que fazem de nós um dos maiores e melhores centros pediátricos para o diagnóstico e tratamento das cardiopatias congênitas da América Latina – dos casos mais simples aos mais complexos. Temos uma história de mais de 30 anos de realizações no campo das cardiopatias congênitas, incluindo o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas pioneiras, como a técnica do cone, adotada mundialmente para a correção da anomalia de Ebstein.
Os desfechos das nossas cirurgias complexas de cardiopatias congênitas são comparáveis aos de referência da literatura internacional. No tratamento da síndrome da hipoplasia do coração esquerdo (um dos mais complexos, baseado em uma sequência de cirurgias, desde o período neonatal até por volta dos três anos de idade), por exemplo, temos excelentes resultados, comparáveis aos da literatura mundial.
Nossa equipe de renomados cardiologistas e cirurgiões pediátricos se orgulha de ter entre seus pacientes pessoas que hoje levam uma vida normal, completamente integrados ao convívio social.
Fazemos isso com apoio da melhor tecnologia cirúrgica, incluindo recurso para a circulação extracorpórea (ECMO), disponibilizado por equipe de perfusionistas de plantão no hospital 24 horas dos sete dias da semana. Além disso, dispomos do respaldo de unidades estratégicas, como UTI Neonatal, para os bebês cardiopatas recém-nascidos, e UTI Pediátrica Cardiológica, para as crianças com mais de um mês de vida, ambas com assistência de equipes especializadas. Outro aspecto importante são as reuniões que realizamos semanalmente, por meio de videoconferência, para discussão de casos com especialistas da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, Estados Unidos, graças à parceria que mantemos com essa instituição.
Somam-se a esses diferenciais, o jeito BP de promover a saúde, sempre buscando caminhos para acolher e prover o bem-estar aos pacientes. Isso se traduz em iniciativas como o Programa de Acompanhamento da Gestante com Cardiopatia Congênita, focado em preparar a futuras mamães para os tratamentos e melhorar a sua experiência junto à nossa Instituição. Gestantes com bebês com cardiopatias congênitas detectadas ainda no pré-natal podem realizar o parto no nosso centro obstétrico especialmente reservado para esses casos. Cardiologistas pediátricos especializados acompanham os bebês desde o nascimento, que também contam com vagas reservadas previamente na UTI Neonatal.
Dispomos também de uma maternidade e de um programa especial dedicado ao cuidado de gestantes cujos bebês são portadores de cardiopatias congênitas
Para agendar consultas e exames você pode ligar em nossa Central de Atendimento 3505-1000 ou, se preferir, realizar o agendamento online.