Neuroinfecções

Entendendo a doença

Neuroinfecções são doenças infecciosas que acometem o sistema nervoso central (cérebro, estruturas vizinhas e medula espinhal) ou o sistema nervoso periférico (nervos e suas conexões). Elas podem ser provocadas por vírus, bactérias, fungos e protozoários. O nível de gravidade varia de acordo com o agente causador da doença e da parte do sistema nervoso afetada.

Uma das neuroinfecções mais comuns são as meningites. Considerada endêmica no Brasil, essa infecção, que pode ser provocada por vírus ou bactérias, atinge as meninges, membranas que recobrem o sistema nervoso central. As meningites bacterianas são mais graves que as virais. Quando, além das meninges, a infecção compromete o tecido cerebral, configura-se um quadro de encefalite ou meningoencefalite.

Também podem causar danos ao sistema nervoso central infecções como neurocisticercose (provocada pelas larvas da Taenia solium), neurotoxoplasmose (causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, transmitido principalmente por animais domésticos), malária e poliomielite, entre outras.

No sistema nervoso periférico, os quadros infecciosos mais comuns estão relacionados às neurites infecciosas, lesões nos nervos que podem comprometer atividades motoras e sensitivas. Outra doença que pode prejudicar os nervos periféricos é a hanseníase, moléstia infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen.

Infecções no sistema nervoso precisam ser rapidamente tratadas, eliminando os agentes causadores. Quanto mais cedo ocorrerem o diagnóstico e o tratamento, menores os riscos de sequelas.


Tipos

As neuroinfecções podem ser classificadas de acordo com o agente infeccioso:

  • Bacterianas – alguns dos agentes infecciosos mais comuns são os meningococos e os pneumococos, que podem provocar graves meningites.
  • Virais – os agentes infecciosos mais frequentes são os enterovírus, vírus intestinais que se instalam no sistema nervoso depois de cair na circulação sanguínea, provocando quadros clínicos mais brandos. Outros tipos de vírus, como o herpes vírus, podem desencadear quadros mais graves.
  • Fúngicas – apesar de mais raras, meningites causadas por fungos podem surgir em pacientes com sinusites que não foram adequadamente curadas, imunodeprimidos ou pessoas com diabetes descontrolada.
  • Provocadas por protozoários – entre eles estão o Toxoplasma gondii, causador da neurotoxoplasmose; as larvas da Taenia soliu, da neurocisticercose; e os protozoários do gênero Plasmodium, que geram a malária.

Sintomas

Sistema nervoso central

Além de alterações identificadas no exame de fundo de olho, as neuroinfecções que acometem o sistema nervoso central estão associadas a uma tríade de sintomas que se manifestam de forma progressiva:

  • A dor de cabeça (cefaleia) é o sintoma clássico. Geralmente, é uma dor generalizada (afeta toda a cabeça), que piora com o movimento de abaixar e levantar a cabeça.
  • Em uma segunda fase, começam os vômitos. Comumente, eles são incontroláveis e explosivos, chamados de “vômitos em jato”.
  • Num estágio posterior, surge a rigidez de nuca, caracterizada pela dificuldade de flexionar a cabeça sobre o tórax.

Sistema nervoso periférico

Os sintomas das infecções no sistema nervoso central surgem de forma gradual e progressiva. Os sinais típicos são:

  • Dor na região infeccionada.
  • Alterações de sensibilidade, como formigamento, dormência, queimação e/ou perda de força, dependendo da região nervosa comprometida.

Diagnóstico

De forma geral, o diagnóstico é feito a partir do levantamento da história clínica do paciente, exame físico minucioso e exame de sangue. Em alguns casos, podem ser necessários exames adicionais. As meningites e encefalites, por exemplo, exigem exame de liquor (análise do líquido cefalorraquidiano extraído por meio de agulha inserida na região lombar da coluna).

Para detecção de infecções do sistema nervoso periférico, o médico poderá exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, e, eventualmente, eletromiografia e biópsia do nervo atingido, que ajudam a avaliar o tipo e o grau de lesões.


Tratamento

O tratamento das neuroinfecções está baseado na administração de medicamentos para combater os agentes infecciosos causadores da doença, sejam eles vírus, bactérias, fungos ou protozoários. O tipo de medicação, dosagem e tempo de uso são definidos caso a caso. Paralelamente, seu médico definirá uma estratégia para controlar os sintomas associados ao quadro infeccioso.


Fatores de risco

O principal fator de risco é uma infecção em outra parte no organismo descontrolada ou mal curada. A razão disso é que, geralmente, os agentes infecciosos só atingem o sistema nervoso após infectarem outras regiões do organismo e circularem pelo corpo depois de caírem na corrente sanguínea.

A baixa imunidade é outra condição que favorece as neuroinfecções. Ela pode estar associada a doenças como a Aids, a tratamentos oncológicos e à pouca ou muita idade – crianças e idosos estão entre os mais vulneráveis.

Pessoas submetidas a algum procedimento neurocirúrgico também estão mais expostas ao risco de infecções, especialmente as meningites.


Prevenção

Segundo os especialistas, algumas medidas podem ajudar a prevenir as neuroinfecções:

  • Buscar o tratamento adequado para qualquer infecção prévia, como uma infecção intestinal ou uma sinusite, entre outras. Nesses casos, é importante consultar o seu médico e seguir todas as orientações para que ela seja completamente curada.
  • Evitar a ocorrência de infecções. Para isso, recomenda-se a rigorosa higienização dos alimentos, beber apenas água potável, lavar as mãos com frequência e, sempre que possível, não permanecer em ambientes fechados, com aglomerações.

Novidades

Um dos avanços recentes é a aplicação de pesquisas genéticas para o estudo dos agentes causadores das infecções. O conhecimento do perfil genético desses corpos invasores possibilita estabelecer estratégias de tratamento mais direcionadas para combatê-los.

Somam-se ainda o emprego de tecnologias de imagem mais potentes, como os novos eletroencefalogramas, e a as novas técnicas para realização de biópsia para extração de material a ser analisado em laboratório (leia mais em Diferenciais da BP).


Diferenciais BP

Na BP, você será cuidado por neurologistas altamente qualificados e sintonizados com as mais modernas abordagens no tratamento das neuroinfecções, independentemente das suas causas.

As mais recentes novidades desse campo médico estão disponíveis para nossos pacientes, como a pesquisa genética dos agentes infecciosos e os novos equipamentos de eletroencefalograma (EGG), que permitem a identificação de infecções bem específicas por meio do monitoramento eletrofisiológico do sistema nervoso central. Para pacientes portadores de infecções mais raras (e mais críticas), oferecemos biópsia realizada a partir de uma técnica minimamente invasiva chamada de estereotaxia. Ela permite a extração mais segura de material que é enviado para análise de nossos experientes anatomopatologistas.

Além disso, nosso parque de imagens é um dos mais avançados do país. Contamos com equipamentos de tomografia e ressonância magnética de última geração, capazes de fornecer imagens de altíssima resolução.

A esses elementos, somamos dois outros fatores que cultivamos com carinho na BP: acolhimento e atendimento humanizado.

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