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Neuropatias é o nome dado a um vasto conjunto de doenças neurológicas cujo denominador comum é o comprometimento dos nervos periféricos causado por um agente agressor que pode estar associado a fatores genéticos, inflamatórios, infecciosos ou metabólicos. Trata-se de uma enfermidade de grande prevalência, que afeta pessoas de qualquer idade, de ambos os sexos.
Apresentando-se de forma aguda ou crônica, as neuropatias provocam lesões nos nervos com níveis variáveis de gravidade, dependendo da sua causa. Algumas neuropatias são reversíveis. As que não são, precisam ser controladas para prevenir sequelas e garantir a qualidade de vida aos pacientes.
As neuropatias podem ser dividas em: congênitas (hereditárias) e adquiridas, que podem ser subdivididas segundo o agente agressor. Entre as adquiridas, as principais são:
Além disso, as neuropatias podem ser classificadas considerando outros fatores:
Extensão da doença
Tipo de lesão nervosa
Tipo de comprometimento
As neuropatias apresentam sintomas diversos, que variam de acordo com o tipo da lesão e o agente causador. Em alguns casos, os sintomas evoluem de forma lenta e progressiva. Em outros, se manifestam de forma aguda. Nos quadros mais graves, a doença pode gerar incapacidades que exigem imediata intervenção médica. Os sintomas mais comuns são:
Nas neuropatias mais recorrentes, como as provocadas por diabetes ou por medicações quimioterápicas, os sintomas tendem a ser mais brandos e facilmente tratados.
Além do histórico do paciente e exame físico minucioso, o neurologista solicitará a realização de exame de sangue para identificar eventuais alterações. A confirmação diagnóstica ocorre por meio de provas específicas, que, em geral, incluem a eletroneuromiografia. Esse exame avalia a velocidade de transmissão do impulso elétrico pelo nervo e se esses sinais estão sendo conduzidos de forma adequada, permitindo identificar o tipo e o grau das lesões.
O tratamento varia de acordo com as causas da neuropatia e a gravidade das lesões que afetam o sistema nervoso periférico. Algumas neuropatias podem ser curadas, como as associadas às carências de vitaminas e outros nutrientes. Outras podem ser mantidas sob controle, com o cuidado adequado de problemas como diabetes e hipertensão, entre outros (veja mais em Fatores de Risco). Quando não é possível curar a neuropatia, o tratamento é voltado ao controle dos sintomas e dos fatores que a desencadeiam, a fim de evitar a progressão da doença e prevenir sequelas.
Em muitos casos, pode ser indicada a reabilitação física, conduzida por fisioterapeutas. Quadros mais graves podem demandar atividades de reabilitação supervisionadas por médicos fisiatras e apoio de outras especialidades, como fonoaudiologia.
Existem múltiplos fatores de risco associados às neuropatias, entre eles:
A alimentação saudável é uma regra de ouro para a prevenção das neuropatias. Ela mantém o organismo livre de carências nutricionais, ajuda a controlar o colesterol e a manter em níveis adequados a pressão arterial e os triglicérides.
Também é fundamental eliminar ou controlar os fatores de riscos associados às neuropatias. No caso de diabetes, por exemplo, é imprescindível o controle dos níveis glicêmicos. Pacientes oncológicos, pessoas com doenças autoimunes ou com disfunções metabólicas ou hormonais também demandam supervisão médica atenta às implicações neuropáticas.
Outro ponto importante é evitar o consumo de bebidas alcoólicas. A ingestão de álcool atrapalha a absorção das vitaminas do complexo B, vitais para o bom funcionamento do sistema nervoso periférico.
Novos marcadores de autoimunidade (autoanticorpos), que já estão disponíveis para exames laboratoriais, têm ajudado os neurologistas a identificar alguns tipos específicos de neuropatias associadas a problemas do sistema imunológico. Essa maior precisão diagnóstica contribui para a definição de tratamentos mais específicos e efetivos.
Somos um centro neurológico altamente capacitado para o cuidado de pacientes com neuropatias. Nossa qualificada equipe de neurologistas clínicos se mantém permanentemente atualizada e segue o que existe de mais moderno no mundo em termos de diagnóstico e tratamento dessas doenças.
Também contamos com um bem-estruturado setor de neurofisiologia, onde especialistas conduzem estudos e análises a partir de exames específicos para essa doença, como a eletroneuromiografia.