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O câncer colorretal, ou de intestino grosso, é o tumor mais comum no sistema digestivo. É o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens e o segundo entre as mulheres. Por ano, são registrados mais de 36 mil novos casos no Brasil, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Aproximadamente 90% desses tumores ocorrem em indivíduos com mais de 50 anos, e o risco de uma pessoa ter esse tipo de câncer chega a 5%.
Uma das características mais importantes do câncer de intestino é também o principal trunfo para sua prevenção: na maioria das vezes, o tumor se desenvolve a partir de pólipos colorretais, lesões benignas que podem ser identificadas e removidas por meio de um exame de colonoscopia. Por conta disso, prevenção e intervenção precoces são fundamentais. Quando ignorados ou negligenciados, os pólipos que eventualmente se formam ao longo da mucosa intestinal podem evoluir para uma doença maligna.
Os tumores de intestino podem ser divididos em dois grupos:
A maioria dos tumores de intestino não provoca sintomas no início. Isso torna muito importantes as medidas de rastreamento (por meio de exames de colonoscopia, por exemplo) até mesmo para pessoas sem queixas relacionadas ao trato gastrointestinal. Assim, o melhor é conversar com seu médico para definir, no seu caso, quando iniciar o rastreamento. Em geral, a recomendação é começar a partir dos 45 anos. Mas seu médico pode traçar outras estratégias, levando em conta eventuais fatores de risco.
Quando aparecem, os sintomas podem variar de acordo com a localização do tumor. Os mais comuns são:
A colonoscopia é o exame padrão para o diagnóstico dos tumores colorretais. Realizado após um preparo intestinal com laxativos e anestesia ou sedação, esse procedimento permite ao médico visualizar, por meio do endoscópio, a mucosa que reveste todo o intestino grosso e identificar pólipos (lesões benignas, mas precursoras dos tumores malignos) e tumores, além de inflamações, úlceras e outras alterações do órgão de forma precoce. Quando necessário, durante a colonoscopia é feita a biópsia de lesões suspeitas e também a remoção de lesões menores.
Outros exames também podem sugerir o diagnóstico de tumor de intestino, como tomografia, ressonância magnética, enema opaco (combinação de raio X com contraste) e PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons, que avalia a atividade metabólica de alguns tumores). Entretanto, na maioria dos casos, a colonoscopia é a opção indicada para a confirmação da doença.
Estádio | Descrição |
---|---|
Estádio I | Tumor que acomete até a camada muscular do cólon e reto |
Estádio II | Tumores que ultrapassam a camada muscular podendo atingir órgãos adjacentes |
Estádio III | Comprometimento dos linfonodos próximos ao cólon ou reto |
Estádio IV | Comprometimento de órgãos distantes |
Os recursos disponíveis para tratamento do câncer de intestino têm avançado de maneira considerável. Mas só uma análise criteriosa, por profissionais especializados, permitirá escolher os caminhos mais adequados para cada caso. Diversas abordagens podem ser indicadas de acordo com a localização do tumor e o estágio da doença. Conheça algumas delas:
Ressecção endoscópica: em casos selecionados, lesões pequenas e superficiais podem ser removidas por colonoscopia, um procedimento menos invasivo. Mas, dependendo da análise da lesão removida, uma cirurgia poderá ser necessária.
Ressecção local: consiste na remoção local do tumor com pequena margem de tecido saudável ao redor da lesão. É indicada em tumores pequenos, restritos à camada submucosa do reto e com outros critérios de boa evolução.
Cirurgia aberta: é a cirurgia tradicional. Nesse procedimento, o cirurgião remove a parte do intestino que contém o tumor e os linfonodos regionais (gânglios linfáticos próximos à área do tumor). Quase sempre, o trânsito intestinal é reconstituído no mesmo procedimento. Em casos raros, por motivo de segurança, é indicada a realização de colostomia, uma abertura no abdome para a eliminação das fezes e gases. Por fora dessa abertura, é colocada uma bolsa plástica de coleta. Na maioria das vezes, trata-se de um procedimento temporário.
Nos tumores do reto médio e em alguns de reto baixo, a cirurgia é feita para remover a parte do órgão que contém o tumor, a gordura ao redor e os linfonodos regionais. Em diversos casos, é importante fazer uma ileostomia temporária, ou seja, uma abertura no abdome na altura do íleo para a eliminação das fezes e gases. Esse procedimento contribui para a cicatrização. Em algumas semanas, após confirmada a cicatrização, a ileostomia pode ser fechada, e o trânsito intestinal é restabelecido por meio de uma nova cirurgia, de menor porte.
Cirurgia laparoscópica: Nesse tipo de cirurgia minimamente invasiva são realizadas pequenas incisões para a introdução de um dispositivo com câmera de vídeo e pinças cirúrgicas. Outra incisão um pouco maior é feita para a remoção da parte do intestino afetada pela doença. A cirurgia laparoscópica tem resultados oncológicos similares à técnica aberta, mas com melhores resultados estéticos e recuperação pós-operatória mais rápida e menos dolorosa.
Quimioterapia pós-operatória (adjuvante): nas situações de maior risco de recidiva, o médico poderá indicar a quimioterapia após a realização da cirurgia. Esse tratamento é capaz de reduzir em pelo menos um terço a possibilidade de uma nova manifestação da doença. As medicações utilizadas e o tempo de tratamento são definidos caso a caso. Esses medicamentos, em geral, não causam queda de cabelo e seus efeitos colaterais são transitórios e de leve intensidade.
Terapia neoadjuvante (antes da cirurgia): em alguns casos, é indicado o tratamento com radioterapia e quimioterapia antes da cirurgia, com três objetivos principais: 1) reduzir o risco de recidiva local da lesão em pacientes com fatores risco; 2) reduzir o volume da lesão, permitindo a remoção cirúrgica; 3) em alguns casos, obter a regressão completa da lesão de reto, permitindo a preservação do reto. Nestes casos, o médico adota uma estratégia de seguimento conhecida como Watch & Wait.
Em geral, depois da radioquimioterapia, o médico aguarda um período de oito semanas para realizar novos exames a fim de avaliar os resultados e fazer a programação da cirurgia. O procedimento cirúrgico é o mesmo descrito para os pacientes que não foram submetidos à terapia neoadjuvante.
Radioterapia externa: consiste na emissão de radiação diretamente na região afetada pelo tumor, a fim de destruir as células tumorais.
Quando a doença se espalha por outras partes do corpo ocasionando metástases em órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos, o tratamento padrão é a quimioterapia. Mas a cirurgia e outras terapias podem ser indicadas também.
Quimioterapia: o número de sessões e as medicações utilizadas são definidos caso a caso. Em pacientes com resposta incompleta, que foram submetidos à cirurgia, a análise do material removido no procedimento irá definir a necessidade de novas sessões de quimioterapia.
Terapia-alvo: é baseada em novas medicações que agem em alvos moleculares específicos, bloqueando ou inativando mecanismos essenciais para a sobrevivência das células malignas. Os medicamentos são administrados em conjunto com a quimioterapia.
Cirurgia: a cirurgia para a remoção do tumor intestinal é considerada ao longo de todo o tratamento, mesmo quando visa apenas ao controle de sintomas e não tem intenção curativa. Em alguns pacientes, o médico poderá indicar a remoção das metástases, principalmente pulmonares e hepáticas.
Ablação por radiofrequência: Nesse procedimento, uma sonda guiada por imagens de tomografia ou ultrassonografia é inserida no tumor, gerando uma corrente de calor que destrói as células tumorais. É indicado em alguns casos de metástases no fígado e pulmão.
Características genéticas e histórico familiar são fatores de risco importantes para o câncer de intestino, mas há outros, como hábitos pouco saudáveis e outras doenças intestinais. Abaixo, você pode saber mais sobre eles:
Pólipos: os pólipos colorretais são elevações no revestimento intestinal causadas pelo crescimento anormal da mucosa do intestino e podem ser divididos em dois grupos: sem e com potencial de malignidade. Os pólipos adenomatosos são os subtipos mais frequentes e oferecem maior risco para o desenvolvimento do câncer.
Dieta e hábitos de vida: dieta rica em gorduras, carnes processadas e baixo consumo de fibras, assim como a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo aumentam o risco de tumores colorretais. Estudos científicos sugerem que dietas mais saudáveis, com baixo teor de gorduras e calorias, e ricas em fibras e cálcio, ajudam a prevenir tumores.
Idade: na maioria dos casos, os tumores colorretais surgem em pessoas com mais de 50 anos.
Doença inflamatória intestinal: doenças inflamatórias crônicas que afetam o intestino grosso, como a doença de Crohn e particularmente a retocolite ulcerativa, aumentam o risco de câncer colorretal. Essas doenças são caracterizadas principalmente por dor abdominal, sangramento e diarreia.
Histórico familiar: pessoas que têm algum parente de primeiro grau com câncer colorretal correm risco duas vezes. Cerca de um em cada cinco pacientes tem outros familiares com esse tipo de câncer. O risco é maior quando o parente de primeiro grau tinha menos de 60 anos na época do diagnóstico ou quando duas ou mais pessoas na família têm ou tiveram a doença.
Histórico pessoal: aproximadamente 2% das pessoas que já tiveram câncer colorretal desenvolverão um novo tumor primário em outro local do intestino grosso.
Síndromes genéticas: duas síndromes genéticas que acometem o intestino estão fortemente associadas ao desenvolvimento do tumor colorretal.
A polipose adenomatosa familiar, doença hereditária causada por uma mutação genética, associada ao achado de mais de 100 pólipos adenomatosos distribuídos nos cólons. É responsável por aproximadamente 1% dos tumores colorretais. A maioria dos pacientes tem o câncer ainda jovem.
A Síndrome de Lynch, também conhecida como câncer colorretal hereditário não polipose (HNPCC, sigla em inglês). Apesar de não ser uma doença comum, está associada a 4% dos tumores de intestino. Ela aumenta o risco em até 80%.
O melhor caminho para prevenir o câncer colorretal é a combinação de hábitos saudáveis com uma estratégia de rastreamento (geralmente baseada na realização de exames periódicos de colonoscopia, para avaliação do colón e do reto, a partir de determinada idade).
Avaliando suas características e risco de desenvolvimento da doença, seu médico indicará quando começar a fazer a colonoscopia e com que frequência. Em geral, para pessoas sem história familiar relacionada ao câncer colorretal ou outras doenças intestinais, a recomendação é realizar a colonoscopia a partir dos 45 anos, com intervalos que variam de acordo com os achados dos exames. Na maioria das vezes, ele é repetido a cada cinco anos. No caso de pessoas com histórico familiar, o rastreamento deve começar mais cedo, levando em conta a idade que o familiar tinha na época do diagnóstico.
Medidas simples adotadas no dia a dia também ajudam na prevenção:
O tratamento do câncer colorretal, especialmente do câncer de reto, vem evoluindo significativamente nos últimos anos. Novas estratégias de preservação de órgãos, as técnicas mais modernas de radioterapia, a constante evolução dos métodos diagnósticos que ajudam na definição de tratamentos mais precisos e o refinamento das técnicas cirúrgicas vêm garantindo aos pacientes resultados cada vez melhores em termos oncológicos e de qualidade de vida.
Métodos que antecipam a resposta que cada paciente terá com o tratamento aumentem sua eficiência, além de permitir que mais pessoas evitem cirurgias de grande porte ou tratamentos desnecessários. Nesse sentido, há vários estudos com marcadores genéticos que permitirão individualizar o tratamento e definir a melhor abordagem para cada paciente.
Com relação ao tratamento cirúrgico, já estão disponíveis técnicas que permitem remover o reto e o mesorreto de maneira íntegra, sem falhas, o que contribui para melhores resultados oncológicos no longo prazo.
Na BP, você será cuidado por uma equipe multidisciplinar formada por coloproctologistas, oncologistas, endoscopistas, patologistas, radiologistas, radioterapeutas e estomaterapeutas (especialistas no manejo de colostomias e ileostomias).
Unimos, num único centro médico, tecnologia em métodos diagnósticos e terapêuticos e equipes altamente especializadas para todas as etapas do cuidado – rastreamento, diagnóstico e tratamento do câncer colorretal.
Sempre importante, esse conjunto de recursos humanos e tecnológicos é ainda mais relevante quando se considera que, em alguns casos, o tratamento desse tipo de câncer pode ser longo e que o tempo mínimo de acompanhamento é de cinco anos, com necessidade de consultas e exames frequentemente. Mas, seja em casos mais simples ou mais complexos, nosso propósito é um só: acolher nossos pacientes e assegurar a cada um deles o melhor tratamento.
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