Terapia inovadora
BP é especializada na
terapia celular CAR-T cell
O tratamento do câncer hematológico ganhou um novo capítulo na sua história no Brasil. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou recentemente as primeiras terapias que utilizam células CAR-T. Essa tecnologia envolve linfócitos do próprio paciente, que são geneticamente modificados e devolvidos para a própria pessoa. Um dos medicamentos foi aprovado para o tratamento de pacientes de até 25 anos de idade, diagnosticados com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) de células B, e para pacientes adultos com Linfoma Difuso de Grandes Células B. Já o segundo medicamento aprovado pela Agência, tem recomendação para pacientes com mieloma múltiplo, câncer das células plasmáticas.
O que é o tratamento com células CAR-T?
O CAR-T utiliza a terapia celular geneticamente modificada, a partir dos linfócitos do próprio paciente. Mas como isso funciona? O nosso corpo conta com dois tipos distintos de linfócitos: B e T.
O linfócito B é excelente em reconhecer proteínas na superfície das células, inclusive tumores, contudo, não possui uma alta capacidade destrutiva desses tumores. Já o linfócito T é o oposto: faz o reconhecimento com mais dificuldade, mas tem uma capacidade altamente destrutiva de células tumorais.
Assim, a terapia CAR-T transfere geneticamente o poder de reconhecimento do linfócito B para o linfócito T, garantindo que a célula tenha tanto o reconhecimento como o "poder de fogo" para destruir as células tumorais.
Todos os pacientes podem realizar o tratamento?
Em todos os casos, a elegibilidade para o novo tratamento depende sempre da avaliação médica rigorosa de um hematologista. O CAR-T foi aprovado para pacientes que já falharam em várias linhas de tratamentos, incluindo quimioterapia e até mesmo transplante de medula. Segundo o coordenador da Hematologia do Centro de Oncologia e Hematologia da BP, Phillip Scheinberg, o tratamento com CAR-T deve ser utilizado em pacientes com uma doença de comportamento mais resistente ou refratário. O hematologista da BP também afirma que um dos aspectos mais importantes será o encaminhamento no tempo correto para o CAR-T, evitando que se perca a janela onde esse tratamento pode ser utilizado.
A boa notícia é que, atualmente, há diversos protocolos de pesquisa desenvolvidos para trazer a terapia também em pacientes de alto risco, conforme estudos apresentados no último ASH (American Society of Hematology), o congresso de hematologia norte-americano realizado no fim de 2021.
Após o procedimento, há um acompanhamento de curto e longo prazo para o monitoramento das reações do procedimento. Esse processo é importante para evitar uma possível redução das contagens de sangue em geral e na capacidade de produzir anticorpos. Vale ressaltar que todos os centros de referência como a BP foram treinados e estão aptos em todas as etapas do acompanhamento. Após esse período de 30 dias, o paciente está apto a voltar para sua casa.
Resultados
As terapias CAR-T começaram a ser testadas em 2009 e 2010. Os resultados de diversos estudos indicam que, em pacientes com linfomas refratários a múltiplas linhas de tratamento, as curvas de sobrevida têm se mantido em torno de 40%, ou seja, têm se mantido livre da doença. Para os pacientes com Leucemia Linfoide Aguda (LLA), os números são ainda melhores, em torno de 50 a 60% de sobrevida livre de eventos.
Para o médico da BP, o CAR-T está revolucionando o tratamento das doenças onco-hematológicas. E a expectativa é que os pacientes que mantiverem remissão, provavelmente, estarão curados se não apresentarem novas manifestações da doença.
Como é feito o pedido de referenciamento de um paciente elegível ao tratamento CAR-T cell e/ou esclarecimentos de dúvidas?
Para a BP todas as etapas deste tratamento são importantes, desde o esclarecimento de dúvidas até o referenciamento de pacientes. Por isso, criamos canais exclusivos para que médicos, hospitais e clinicas tenham a facilidade de nos contatar.
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