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O câncer de esôfago é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem os tecidos desse importante órgão do sistema digestivo, responsável pela condução dos alimentos e líquidos da garganta até o estômago. No Brasil, é o 6º tipo mais frequente de tumor entre os homens e o 15º entre as mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Incidindo cerca de duas vezes mais nos indivíduos do sexo masculino, ele afeta particularmente pessoas na faixa etária dos 55 aos 85 anos. A idade média de diagnóstico é 68 anos.
Responsáveis por 95% dos casos, o carcinoma epidermoide ou espinocelular (CEC) e o adenocarcinoma são os tipos mais comuns de cânceres de esôfago, diferenciando-se em relação à morfologia (estrutura), localização e fatores que predispõem ao seu surgimento.
Na fase inicial, o câncer de esôfago apresenta sintomas inespecíficos, que podem estar associados a vários outros problemas de saúde. Os mais comuns são:
Nos casos mais avançados da doença, os sintomas mais frequentes são:
O principal exame para diagnóstico é a endoscopia digestiva alta (EDA), que permite a visualização direta de todo o esôfago, seguida de biópsia, isto é, a retirada de fragmentos de tecido para a análise anatomopatológica, que indicará a presença ou não de tumor.
Caso o resultado seja positivo, seu médico solicitará exames de imagem adicionais para complementar o diagnóstico e avaliar o estágio da doença. Os exames podem incluir:
Com base nos resultados dos exames, será definido o estágio da doença, considerando tamanho e localização do tumor, se está restrito ao órgão ou se já se espalhou para outras partes do corpo. Esse processo, fundamental para estabelecer a estratégia de tratamento, é chamado de estadiamento.
Os tumores de esôfago podem ser classificados em quatro estágios (estádios):
O tratamento do câncer de esôfago pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia, combinadas ou isoladas. A escolha vai depender basicamente do estágio da doença.
A ressecção endoscópica, um procedimento minimamente invasivo para a retirada do tumor, sem necessidade de cortes, é indicada apenas em casos iniciais, quando a doença está restrita à mucosa do esôfago.
Quando o tumor ultrapassa a camada da mucosa ou já atingiu linfonodos, geralmente são adotadas terapias combinadas. Na maioria dos casos, é realizada cirurgia para retirada total ou parcial do esôfago e dos linfonodos afetados. Geralmente, é administrada quimioterapia pré-operatória (neoadjuvante) associada à radioterapia, visando reduzir o tamanho do tumor e facilitar a cirurgia.
Tumores localizados no terço superior do esôfago exigem maior cautela. Nesses casos, o tratamento com quimioterapia e radioterapia é preferível à cirurgia por apresentar resultados semelhantes, com menor risco para o paciente.
Em lesões no terço inferior, particularmente em adenocarcinomas, a administração de quimioterapia antes (neoadjuvante) e após a cirurgia (adjuvante) é recomendada em alguns casos por aumentar as chances de cura, além de reduzir o tamanho do tumor, facilitando a operação.
O tratamento da doença metastática é feito com quimioterapia e é essencialmente paliativo. O objetivo é aumentar a sobrevida do paciente e melhorar a qualidade de vida. Quando necessário, pode ser realizado um procedimento corretivo por meio da dilatação endoscópica do esôfago ou o implante de próteses para impedir o estreitamento do órgão provocado pelo tumor.
As principais condições que expõem as pessoas ao risco de desenvolver câncer de esôfago são:
Algumas medidas simples ajudam a prevenir o câncer de esôfago, entre elas:
Também é importante ficar atento aos sintomas (veja Sintomas) e procurar o seu médico caso observá-los. A detecção precoce do câncer do esôfago aumenta as chances de cura. Quanto mais cedo, melhor, porque essa doença tende a apresentar rapidamente metástase para os gânglios linfáticos. No Brasil, não existem programas de rastreamento para pessoas assintomáticas. Em países orientais, onde a incidência é maior, é recomendada a realização de endoscopia regularmente.
Novas terapias têm sido estudadas para o tratamento do câncer de esôfago em fase metastática. Uma delas é a terapia molecular com trastuzumabe associada com a quimioterapia convencional. Ela já possui dados consolidados, e os resultados indicam ganho de sobrevida global.
Esse tratamento é adotado exclusivamente em pacientes com HER2 positivo. HER2 é uma proteína que estimula o crescimento dos tumores. O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal que age contra essa proteína, interferindo no processo de multiplicação das células cancerosas e potencializando os efeitos da quimioterapia.
A imunoterapia – tratamento baseado em medicamentos que estimulam o próprio sistema de defesa do organismo a atacar as células do câncer – é outra frente terapêutica que vem sendo estudada. No entanto, apesar de resultados promissores nas pesquisas realizadas, ainda são necessários dados mais sólidos para que ela seja estabelecida como um dos pilares no tratamento do câncer de esôfago.
Equipes especializadas, aparelhagem cirúrgica de última geração e avançado parque radiológico são os diferenciais que fazem de nós um centro de referência no tratamento do câncer do esôfago. Mais que isso, você encontra na BP dois elementos que fazem parte do nosso jeito de cuidar: uma medicina humanizada e a abordagem centrada no paciente e em suas necessidades – não apenas as necessidades médicas, mas também as relacionadas com seu conforto e bem-estar.
A reconhecida capacidade técnica de nossa equipe de endoscopia assegura diagnósticos precisos, algo fundamental para definir o melhor plano de tratamento para cada paciente. A esse time, soma-se nosso qualificado grupo de oncocirurgiões especializados em tumores de esôfago.
Ao lado das competências e conhecimentos que esses profissionais dedicam ao cuidado do paciente, é importante a estrutura de que eles dispõem na BP para desenvolver seu trabalho. Temos um departamento cirúrgico exclusivamente dedicado ao câncer e as mais modernas tecnologias, entre elas o primeiro robô acoplado à mesa cirúrgica da América Latina, especialmente útil para intervenções nesse tipo de câncer.
Merece destaque, ainda, nossa estrutura de radiologia, com os mesmos modelos de equipamentos adotados nos centros médicos de referência internacional. São aparelhos que permitem maior precisão na radiação dos tumores, poupando tecidos sadios e minimizando efeitos colaterais.
Os tratamentos são personalizados. Variam de acordo com o quadro de cada indivíduo e características do seu tumor. Mas, em todos os casos trabalhamos de maneira integrada, ao lado do paciente, tendo em foco o mesmo objetivo: o enfrentamento do câncer em busca dos melhores resultados.
Agende suas consultas ou exames com nossos profissionais
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