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A meningite é uma doença que provoca infecções nas meninges, leptomeninges e no encéfalo (neste caso, é denominada de meningoencefalite). Na maioria das vezes, as meningites são causadas por agentes infecciosos, principalmente vírus e bactérias. No entanto, podem estar associadas a outros fatores, como traumatismos e doenças autoimunes, embora sejam casos mais raros. Seja qual for o caso, o diagnóstico precoce é fundamental para reduzir o risco de sequelas graves e até de morte.
A doença pode ocorrer em qualquer idade, mas crianças com menos de 5 anos são as mais afetadas, principalmente no primeiro ano de vida.
A transmissão das meningites causadas por vírus ou bactérias ocorre geralmente pelo contato com gotículas e secreções do nariz e garganta de pessoas com a doença. Por isso, costuma atingir principalmente indivíduos que moram na mesma casa, compartilham o mesmo dormitório ou frequentam a mesma creche ou escola. Também pode haver contaminação por meio da ingestão de alimentos ou água infectados pelo enterovírus (tipo de vírus).
Em média, o tempo de incubação varia 3 a 4 dias. Já o período de transmissibilidade varia de acordo com o tipo de agente infeccioso e da precocidade do diagnóstico e tratamento. Estima-se que cerca de 10% da população pode ser portadora de algum tipo de agente infeccioso, porém sem desenvolver os sintomas. No entanto, eles são potenciais transmissores da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, são registrados casos da doença ao longo de todo o ano, com surtos e epidemias ocasionais. As meningites bacterianas são mais comuns no outono-inverno, e as virais, na primavera-verão.
As meningites são classificadas de acordo com os agentes causadores – infecciosos e não infecciosos. Os principais tipos são:
É o tipo de meningite mais grave. Pode gerar sequelas neurológicas, como perda auditiva, convulsão, déficit intelectual, etc.
As crianças estão suscetíveis a diversos tipos de bactérias de acordo com idade e sistema imunológico, entre outros fatores. Um dos tipos mais comuns e perigosos da meningite bacteriana é a meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis. É mais frequente em crianças menores de 5 anos e em jovens entre 15 e 24 anos e costuma surgir em meio a surtos de gripes causados por influenza. Essa bactéria pode permanecer no organismo por semanas e até meses sem apresentar sintoma.
A meningite pneumocócica, provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que também é responsável pela pneumonia, é outro tipo perigoso e potencialmente mortal. Acomete mais crianças pequenas que frequentam creche, com disfunção esplênica, HIV positivas, com problemas anatômicos ou implantes auditivos.
Causada por diversos vírus, esse tipo de meningite é mais comum que a bacteriana e geralmente tem evolução mais branda e de menor gravidade. Neste caso, a infecção do sistema nervoso central é associada a sinais de irritação da artéria cerebral meníngea, mas sem disfunção neurológica, ao contrário das encefalites.
A meningite viral pode ocorrer em qualquer idade, mas a população mais afetada são os bebês e crianças com até 10 anos. Sua incidência gira em torno de 10 a 20 casos por 100.000 crianças/ano. O maior número de ocorrências é registrado entre o final da primavera até o início do outono.
A doença não costuma gerar complicações (exceto em pacientes com deficiência do sistema imunológico). Na grande maioria dos pacientes, a recuperação é rápida (menos de uma semana) e total. Em alguns poucos casos pode deixar sequelas, como espasmos musculares, insônia e mudanças de personalidade.
É bastante incomum. Pode ser provocada por traumas, doenças autoimunes (em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo, como artrite reumatoide e lúpus), além de anti-inflamatórios não esteroides e certos antibióticos.
Os principais sintomas da meningite são:
Em quadros com maior comprometimento neurológico podem ocorrer convulsões, paralisias, tremores, perda auditiva, transtornos pupilares, queda de uma ou das duas pálpebras e oscilações repetidas e involuntárias de um ou ambos os olhos. Casos fulminantes, com sinais de choque, também podem acontecer.
Importante: crianças de até 9 meses podem não apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea. Assim, é importante observar outros sintomas, como febre, irritabilidade ou agitação, choro persistente, grito meníngeo (a criança grita ao ser manipulada, principalmente quando suas pernas são dobradas para trocar a fralda), recusa de alimentação, acompanhada ou não de vômitos, convulsões e inchaço da moleira.
A meningite causada por enterovírus pode ter, entre os sintomas que antecedem ou acompanham o quadro, manifestações gastrointestinais (como vômitos, perda de apetite e diarreia), respiratórias (como tosse e faringite), dor muscular e erupção cutânea.
Além da avaliação clínica, para diagnosticar a meningite seu médico solicitará a realização de exames laboratoriais para avaliação do líquido cefalorraquidiano ou líquor por punção na região lombar e exames de sangue. Na suspeita de meningococcemia (infecção aguda causada pela bactéria Neisseria meningitidis) e doença meningocócica é feita raspagem de lesões petequiais (pequenas manchas avermelhadas) para análise do agente causador.
O aspecto do líquor, embora não seja considerado um exame, funciona como um indicativo: o normal é ser límpido e incolor como “água de rocha”, enquanto nos processos infecciosos se torna turvo, com intensidade variando de acordo com aumento da presença das células.
As meningites virais também podem ser detectadas por exames de urina e fezes
Quanto mais cedo o diagnóstico e início da administração dos medicamentos, maior a chance de sucesso do tratamento. Por isso, embora se recomende aguardar o resultado dos exames diagnósticos para começar com as medicações, seu médico poderá iniciar a terapia antes disso se julgar necessário.
No tratamento da meningite bacteriana é utilizado antibiótico por via venosa por um período de 7 a 14 dias, ou até mais, conforme a evolução clínica e o agente causador. Os cuidados incluem, ainda, reposição de líquidos e exigem acompanhamento médico. A evolução do quadro depende de vários fatores, como o tipo de bactéria e o tempo que leva para eliminá-la do organismo, estado geral da criança, seu nível de consciência ao chegar ao hospital, se sofreu uma convulsão prolongada ou complicada e se apresenta baixa taxa de glicose no líquor ou deficiência nutricional.
O tratamento da meningite viral é focado no controle dos sintomas, necessitando de avaliação criteriosa e acompanhamento clínico. Antivirais específicos não costumam ser utilizados, exceto para a meningite herpética causada pelos vírus HSV1 e 2 e VZV, quando é indicado o medicamento Aciclovir por via endovenosa.
Algumas condições podem aumentar o risco de ter meningite. Entre elas:
As principais providências que você pode adotar para prevenir a meningite são:
Vacina contra H. influenzae tipo b: a meningite provocada por esse agente diminuiu drasticamente graças à vacina
Pneumocócica7, PCV10 e PCV13: essas vacinas têm contribuído para reduzir a incidência de meningite por penumococo em crianças menores de 5 anos
Vacinas Meningite C, B e ACWY: para imunização de meningococo
Os principais avanços dos últimos anos estão relacionados com os exames para diagnóstico da meningite, que se tornaram bastante precisos e ágeis. É uma ótima notícia, já que a detecção e tratamento precoce são importantes fatores para aumentar as chances de cura e reduzir complicações e sequelas.
As modernas técnicas de identificação dos agentes causadores por exames laboratoriais realizados por métodos moleculares, como a Reação em Cadeia da Poliomerase (PCR) , garantem resultados precisos em horas. Exames de imagem que ajudam no diagnóstico da doença e de eventuais complicações neurológicas, como a ressonância magnética, também estão cada vez mais sensíveis e nítidos.
As crianças são as principais vítimas da meningite, e a nossa Pediatria conta com uma completa estrutura para cuidar desses pequenos pacientes. Além da equipe de infectologistas pediátricos, nosso corpo clínico inclui médicos de várias outras especialidades que podem ser acionados para tratar eventuais complicações, de forma integrada.
Também contamos com os mais modernos exames diagnósticos para identificação da meningite de forma precisa e ágil. Nas análises do líquor, é possível realizar pesquisa por múltiplos agentes pelos métodos laboratoriais Látex e PCR. Dispomos, ainda, de recursos como a ressonância magnética com tecnologia de última geração para exames de imagem do sistema nervoso.
Temos unidade de internação e UTI pediátrica preparadas para receber casos de meningite, ambas com leitos de isolamento para prevenir a transmissão.
A todos esses recursos humanos, tecnológicos e de estrutura, somamos o jeito BP de cuidar dos pacientes e seus familiares: com humanização e tudo o que significa acolhimento e conforto durante todo o período em que estão conosco.
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