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A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo, provocado por uma combinação de fatores nutricionais, genéticos, metabólicos e psicossociais. Em crianças e adolescentes, isso se traduz pelo peso acima do normal para a idade e altura.
Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma epidemia global, a obesidade afeta cada vez mais precocemente crianças e adolescentes. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, três em cada dez crianças com idade entre 5 e 9 anos estão acima do peso e 12,9% são obesas. Estudos recentes mostram que crianças acima do peso possuem 75% mais chance de serem adolescentes obesos e 89% dos adolescentes obesos podem se tornar adultos obesos.
A alimentação exagerada ou inadequada é determinante para a obesidade, que resulta do desequilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta pelo corpo ao longo do dia. Ou seja, excesso de alimentos e bebidas calóricas e baixo consumo energético relacionado ao sedentarismo compõem a equação cujo resultado é o acúmulo de gordura.
A obesidade precisa ser tratada e evitada, uma vez que pode estar associada a outras doenças crônicas, como diabetes mellitus tipo 2 (tipo de diabetes adquirido), dislipidemia (elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue), hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doença hepática, síndrome da apneia obstrutiva do sono e alterações ortopédicas. Além disso, pode haver complicações sociais e emocionais. Crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso, muitas vezes se tornam alvo de bullying, o que pode afetar a autoestima e provocar depressão.
Dependendo do patamar, a doença pode ser classificada como obesidade ou obesidade grave. Antes disso, ocorre o sobrepeso. Para mensurar cada um desses níveis na faixa etária de pacientes de 0 a 19 anos, os médicos usam o Índice de Massa Corporal (IMC) Infantil, parâmetro adotado pela Organização Mundial de Saúde para calcular o peso ideal de cada indivíduo; e os gráficos com as curvas médias de crescimento de ICM por idade dos meninos ou meninas. A comparação ajuda identificar sobrepeso e graus de obesidade.
O sintoma da obesidade é o acúmulo de gordura no corpo, que se reflete diretamente no peso auferido pela balança. Contudo, nem todas as crianças com quilos a mais estão com sobrepeso ou obesas. Algumas têm estruturas corporais maiores que a média, e a quantidade de gordura corporal nos vários estágios de desenvolvimento também pode variar. Por isso, é importante que a avaliação seja feita por um especialista.
O diagnóstico da obesidade é clínico, baseado na análise de dados antropométricos: peso, altura, índice de massa corporal, circunferências e dobras. Se julgar necessário, o pediatra da sua criança também poderá solicitar a realização de exames para identificar a associação com outras doenças, como diabetes e outras disfunções metabólicas. Entre outros, ele pode pedir exames de sangue para avaliar aspectos como glicemia, colesterol, função hepática e hormônios tireoidianos.
O tratamento da obesidade infantojuvenil é baseado na mudança de estilo de vida e adesão a hábitos saudáveis. É fundamental que as estratégias para controlar o peso das crianças e adolescentes contem com o acompanhamento regular de um médico especializado.
A dieta deve ser menos calórica, privilegiando frutas e vegetais. Os especialistas também recomendam diminuir o consumo de alimentos industrializados, doces e bebidas açucaradas, como refrigerantes.
É importante que atividades físicas façam parte da rotina de crianças e adolescentes, levando sempre em consideração preferências pessoais e adequação dos esforços físicos à idade. O ideal é contar com o acompanhamento de um profissional de educação física.
Recomenda-se que crianças com mais de 6 anos façam 60 minutos ou mais de atividade física por dia. Brincadeiras que envolvem a movimentação do corpo são indicadas para as crianças mais novas. Práticas esportivas são indicadas para crianças maiores e adolescentes.
Em contrapartida, é preciso limitar o tempo gasto em frente às telas de televisão, tablets e computadores. Os especialistas recomendam não ultrapassar 1 hora por dia, no caso de crianças entre 2 anos e 5 anos; e 2 horas por dia para as que têm mais de 5 anos. Crianças menores de 2 anos não devem ser expostas às telas dos eletroeletrônicos.
Não existem medicamentos para tratar a obesidade infantil. Eles são prescritos apenas para tratar doenças decorrentes, como diabetes tipo 2, dislipidemia e hipertensão, por exemplo.
Os principais fatores de risco associados à obesidade são:
Assim como no tratamento, a alimentação saudável e a prática de atividades físicas são os principais fatores para prevenir a obesidade. Os especialistas recomendam:
Uma das melhores estratégias de prevenção é melhorar os hábitos de toda a família, lembrando que prevenir a obesidade infantil ajuda a proteger a saúde das crianças e dos adolescentes hoje e no futuro.
O diagnóstico e tratamento da obesidade já estão bem estabelecidos e são considerados satisfatórios para o enfrentamento do problema.
Na BP, você conta com todos os recursos para o diagnóstico e tratamento da obesidade de sua criança ou adolescente. Além de pediatras com especialização em endocrinologia, nossa equipe inclui nutricionistas e psicólogos, permitindo uma abordagem integrada e personalizada, com o planejamento e acompanhamento das estratégias terapêuticas mais indicadas para cada caso, sempre buscando que as mudanças no estilo de vida ocorram de forma leve, prazerosa e efetiva.
Também dispomos de toda a estrutura de exames diagnósticos para a investigação de possíveis causas e complicações relacionadas à obesidade.
A esses recursos, somamos dois outros elementos que fazem a diferença para os pequenos pacientes e seus pais ou responsáveis: acolhimento e atendimento humanizado.
Agende suas consultas ou exames com nossos profissionais
pelo número: (11) 3505-1000.