Publicado em 20 de setembro de 2018
Atualizado em 20 de setembro de 2018
Uma parceria entre o Hospital BP e o Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, referência em Cardiologia avançada no mundo, está beneficiando bebês que nasceram com anomalias na estrutura do coração, as chamadas cardiopatias congênitas. As duas instituições estabeleceram um programa de segunda opinião médica com o objetivo de tornar os diagnósticos ainda mais precisos e ampliar as possibilidades de tratamento aos pequenos clientes do Hospital BP.
A discussão de casos que dá origem à segunda opinião médica é feita por videoconferência. Em São Paulo, a equipe multidisciplinar da UTI Cardiológica Pediátrica do Hospital BP elege um caso relevante, apresenta o histórico e o quadro clínico, compartilha dados de diagnóstico e, quando necessário, realiza exames de imagem em tempo real, enquanto as equipes estão online. Nos Estados Unidos, o time de médicos intensivistas especialistas em cardiopatias congênitas do Children’s Hospital, vinculado à Universidade de Pittsburgh, analisa as informações, debate o caso com os médicos da BP e emite um parecer. “Trata-se de uma colaboração importantíssima. E mesmo que não sejamos obrigados a seguir a opinião dos especialistas de Pittsburgh, é uma excelente oportunidade para conhecermos opções diferentes de tratamento”, explica Rodrigo Freire, cirurgião da área de Cardiologia Pediátrica do Hospital BP.
Os encontros virtuais entre as equipes são semanais, realizados à beira leito e geralmente duram cerca de uma hora. Os médicos da BP priorizam os casos mais complexos para submetê-los à segunda opinião e tentam, a cada semana, apresentar uma nova discussão para aproveitar ao máximo a troca de conhecimento. “Embora procuremos discutir casos diferentes, os que já foram debatidos continuam sendo acompanhados, a equipe de Pittsburgh se interessa e sempre nos solicita o desfecho de tudo o que foi conversado”, comenta o cirurgião cardiopediátrico.
Juliana Pacheco, médica cardiologista pediátrica e coordenadora da UTI Cardiológica Pediátrica do Hospital BP, ressalta o respeito e o profissionalismo da parceria. “É uma via de mão dupla, por meio da qual eles também nos apresentam casos difíceis em busca de uma segunda opinião”.
Avaliação de uma referência internacional
Tão importante quanto o intercâmbio entre as equipes, é a oportunidade que os bebês internados têm de serem avaliados por uma referência internacional em cardiopatias congênitas e a segurança que essa avaliação traz para o cuidado que está sendo prestado. “A segunda opinião nos ajuda na condução dos casos e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo, não deixando nada a dever para serviços de ponta internacionais. Os pais percebem que tudo está sendo feito em busca do melhor para seus filhos e têm se mostrado muito satisfeitos com esse projeto”, finaliza a médica Juliana Pacheco.